Adaptações das plantas

Plantas da Mata Atlântica

"A mata Atlântica é o ecossistema brasileiro que margeia a costa litorânea, ocorrendo desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, sendo um dos ecossistemas mais ricos e diversos do mundo, com alto índice de endemismo.  Embora mais de 90% da área original da Mata Atlântica já tenha sido destruída, existem remanescentes florestais de extrema beleza e importância, que contribuem para que o Brasil seja considerado o país de maior diversidade biológica do planeta."

As árvores do interior da mata são adaptadas à sombra, desenvolveram grande área foliar a fim de captar o máximo de luminosidade possível nessas condições. Algumas espécies que passam toda a vida sombreadas e mesmo assim, são capazes de produzir flores, frutos e sementes, tais como a espécie Grazielanthus arkeocarpus.  Muitas árvores são esguias, sem ramos, a não ser na parte superior. 

A espécie de arbusto Grazielanthus arkeocarpus da mata atlântica tem de 2 a 4 metros de altura e vive em ambientes úmidos e com bastante sombra (fotos: Alexandre Gabriel Christo).

"Sobre os troncos das árvores encontram-se dezenas de orquídeas, bromélias, cactáceas, ou seja, epífitas perfeitamente adaptadas a vida longe do solo. Como as epífitas não mantêm contato com o solo muitas vezes possuem problemas de nutrição. Nada retiram das árvores apenas buscam uma maior luminosidade e ainda podem retribuir atraindo animais polinizadores, como o beija-flor. Nos troncos onde as águas das chuvas escoam rapidamente, as epífitas adaptaram-se a secas periódicas, mesmo vivendo num ambiente úmido. Bromélias possuem folhas que formam um reservatório de água, na forma de um copo. Nesses reservatórios aquáticos podem viver algas, protozoários, vermes, lesmas e até pererecas constituindo um micro-habitat.

Nessas matas são comuns as raízes tabulares e as raízes de escoras, que são dispositivos para se coletar oxigênio do ar, uma vez que a taxa de oxigênio do solo é pequena. Além disso, solos muito úmidos não proporcionam boa fixação, assim as raízes tabulares aumentam a base de sustentação da planta.

Durante o inverno, ipês exibem suas flores nos altos das copas ao mesmo tempo em que derrubam todas as folhas, tornando as flores visíveis a seus polinizadores a longa distância. Algumas espécies produzem suas flores junto aos troncos onde abelhas e outros polinizadores no interior da mata podem encontrá-las com mais facilidade. 

Na dispersão das sementes tem plantas que produzem frutos ou sementes com “asas” ou longos pelos, valendo-se dos ventos para distribuí-las. Diversas plantas produzem frutos suculentos e coloridos que se prestam à alimentação de vários animais. Depois da digestão, estes seres defecam as sementes prontas para germinar. 

As folhas são muitas vezes brilhantes,  recobertas por cera, tendo superfícies lisas e pontas em forma de goteira. Todas essas características facilitam o escoamento da água das chuvas impedindo sua permanência prolongada, o que seria inconveniente sobre a superfície foliar porque pode obstruir estômatos."

Plantas de regiões semiáridas


As regiões semiáridas apresentam uma precipitação média de menos de 700 mm/ano. A vegetação desta região possui maior capacidade de tolerar a seca. Essa capacidade é chamada de xerofitismo. Estas plantas possuem características específicas (ou características xeromórficas) as quais impedem a perda excessiva de água. As folhas destas plantas, por exemplo, são suculentas, ditadas de pelos ou espinhos e uma cutícula espessa. Acumulam, portanto, grande reserva de água.

Portanto, quanto mais xeromórfica a planta for, menos xerofítica ela é, ou seja, menos capacidade de tolerar a seca ela tem.

                                               Mandacarú

Fontes: SILVA, Milena Dutra da. et al. Revista de Geografia. Recife: UFPE – DCG/NAPA, v. 25, n. 3, set/dez. 2008; Ciência Hoje e educar.sc.usp.br
Imagem: http://naturezabela.wordpress.com





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